Vocês falaram em coaching?
“O que resta após o acompanhamento de um ou dois anos durante uma atividade profissional, no momento de assumir uma função ou conduzir um projeto?
Isto mudou suas atitudes em determinadas circunstancias, criou auto-confiança, rompeu certos limites? ….
Você recomendaria esta pratica ao seu melhor amigo ou ao colaborador que você acaba de recrutar?…”
Foi a questões deste tipo, relacionadas diretamente com a pessoa, que seis de nossos clientes, de idades e carreiras profissionais distintas, responderam.
Tudo o que você sempre desejou saber a respeito do acompanhamento individual sem ter jamais ousado perguntar.
Este número do “Compartilhando a experiência” lhe apresenta as condições de sucesso e resultados obtidos a partir do acompanhamento de clientes durante situações únicas.
Uma relação de confiança com o acompanhante “coach”
“Uma relação de confiança intuitu personae é condição sine qua non para um acompanhamento sereno e eficaz que sempre se traduz na possibilidade de duvidar em voz alta.”
“Você deve poder apresentar todas as perguntas ao seu coach, podendo demonstrar as suas fraquezas, abordar todas as suas dificuldades, estando absolutamente certo de não ser julgado e que tudo será mantido em absoluto sigilo não sendo repetido ao seu superior nem a qualquer outra pessoa.”
O primeiro contato é determinante: no que diz respeito às pessoas interrogadas, todas apreciaram o fato de não terem “a mão passada sobre a cabeça”. A impertinência é pertinente quando se trata de mostrar ser possível auxiliar alguém a se reposicionar… lhe oferecendo os meios de “manter os pés no chão” . O coach é, portanto, alguém que sabe “deixar à vontade” o que significa o oposto de alguém que dá lições. É um homem (ou uma mulher) de confiança.
Assim sendo, ele está à disposição da pessoa a quem acompanha, de maneira aberta quanto ao conteúdo e temas abordados, suprindo as necessidades conforme sua disponibilidade, no mínimo por telefone em casos de urgência.
“Ele deve, antes de qualquer coisa, crer em você e na sua capacidade de ser bem sucedido naquilo que você empreender.”
Aprender … a recuar
“Aprendi que nunca somos obrigados a reagir no auge das situações; eu sempre reflito alguns instantes antes de tomar uma decisão, principalmente em situações de urgência.”
O coach ajuda a adquirir o reflexo de “não afundar”. Em todas as circunstancias sempre será útil resistir ao impulso, sabendo tomar tempo antes de passar à ação, questionando claramente os aspectos chave (quem são os envolvidos, com devem ser abordados, em qual nível as decisões devem ser tomadas, etc..) avaliando a inter relação de todos os elementos que você dispõe sobre a situação.
Aceitar se reposicionar
É sabido que não é possível mudar os outros e, menos ainda, um contexto. A única alavanca de que você dispõe é você mesmo!
Por outro lado, com certeza a sua própria mudança irá gerar reações e evoluções no comportamento daqueles que estão em contato com você. Para agir sobre você mesmo, as observações e análises exteriores feitas pelo coach serão os principais trunfos e ferramentas.
Este trabalho é bem limitado ao campo profissional, mas toca profundamente o íntimo da pessoa, motivo pelo qual é necessária a confiança acima mencionada.
O apoio do coach permite ultrapassar um certo número das limitações pessoais. Na realidade, muitas vezes, elas não são nada mais do que restrições inconscientes auto-impostas: à pergunta “o que lhe impede de fazer isto ou aquilo?” Surge a resposta “euh..nada…” que pode ser uma surpresa.
A duração e a freqüência se autodeterminam
Um certo ritmo se mostra indispensável para que se solidifiquem os métodos abordados, em contato com situações reais quase sempre inéditas.
Algumas das pessoas perguntadas se recordam de seus propósitos de “piqures de rappel”e se arrependem de uma parada brutal e frustrante no momento em que os “bons reflexos” começaram a tomar corpo e a gerar resultados.
Ao contrário, uma certa rotina surge ao final de um certo tempo, o que varia conforme o caso: é quando você compreende que o acompanhamento deve ser interrompido.
Os reflexos administrativos adquiridos
“Eu adquiri a capacidade de decidir e fazer decidir no melhor momento e da melhor forma. Administrar não é necessariamente decidir, mas saber quem sabe melhor decidir e determinar o prazo apropriado. Isto implica saber se posicionar como um recurso para auxiliar na tomada de decisão.”
“Aprendi a me antecipar, o que quer dizer não suportar as situações após ter avaliado a problemática de maneira hierarquizada, distinguindo as prioridades, o mais importante e o menos importante.”
“Aprendi a ser factual, reduzindo ao máximo a avaliação baseada em interpretações.”
“Aprendi a assumir riscos e estou convencido de que o maior risco é não assumi-los. É a maneira com que se assume riscos que importa.”
“Aprendi a perguntar a mim mesmo sobre o sentido a ser dado a cada uma de minhas ações e decisões, sem que haja a necessidade de explicações.”
“Aprendi a pensar sistematicamente ao aspecto da comunicação em todos os projetos. De forma geral, agora atribuo importância à percepção de meus colaboradores assim como à dos meus superiores hierárquicos. A coerência percebida entre o meu discurso, minhas ações e minhas decisões é primordial para a minha credibilidade.”
“Aprendi a abordar as negociações sociais com uma abertura de espírito diferente: uma ação intelectual participativa que permite a associação das partes envolvidas sobre um método de trabalho. Após a obtenção de um primeiro acordo, ainda que somente sobre a forma, o respeito mútuo se instaura e permite a abordagem serena do conteúdo.”
“Hoje tenho uma equipe ao meu redor: consegui criar um clima de confiança e solidariedade com minha área, podemos conversar entre nós, compartilhar, e como conseqüência é possível modificar as coisas. Cada um desempenha o seu papel ao seu nível.”
Use e Abuse
“Eu não soube aproveitar: não tinha o reflexo de telefonar no momento em que precisava de ajuda” Seu coach está lá (e é pago) para isso: perturbe-o sem qualquer escrúpulo!”
“Eu tinha dúvidas a respeito do lado “psico” atrelado ao acompanhamento. Descobri que, ao contrário, é bastante operacional, o que quer dizer imediatamente útil e aplicável na vida prática.”
Acompanhamento que não se impõe
Se você não sentir necessidade, você terá a tendência de rejeitar uma proposta de coaching. “Se hoje eu tivesse que dar um conselho a um amigo ou fazer uma proposta de coaching a um de meus colaboradores eu tomaria o cuidado de esclarecer de que se trata, como se desenvolve e o que significa, para evitar que ele se fira a priori sobre esta prática tão mal conhecida. Na realidade ele pode interpretá-la como uma atribuição de incompetência, quando ao contrário se trata de um investimento feito pela empresa sobre os seus talentos: a despesa em si demonstra que a empresa acredita em seu potencial de desenvolvimento e de seu progresso na organização.”
“É sempre mais fácil imaginar um acompanhamento enquadrado em uma tomada de função, parecendo mais “anormal” necessitar de apoio externo. Por outro lado uma intervenção mais tardia permite à pessoa que está sendo acompanhada de dominar com vantagem as situações delicadas sob sua gestão: ela as conhece, já se confrontou com elas e já testou comportamentos variados…”
O essencial a lembrar
“Se fazer acompanhar é admitir que se tem limites … e que os mesmos podem ser reposicionados!” “O próprio fato de conseguir ler nos olhos de quem lhe estima, o sentimento de admiração pela vitória, encoraja a não fazer “sempre a mesma coisa” mas a ultrapassar o próprio limite”